SONO EXCESSIVO: O que pode ser + Formas de tratamento
O sono excessivo é caracterizado por um cansaço constante em que o indivíduo apresenta uma sonolência intensa e uma grande vontade de dormir. É um quadro que atrapalha a rotina diária, trazendo prejuízos à produtividade da pessoa.
O quadro pode ser acompanhado de cansaço mental e outros sintomas, que podem ser desencadeados por diversos fatores, entre doenças físicas e mentais.
Quer saber o que é o sono excessivo e o que fazer para dormir melhor à noite? Neste conteúdo, você vai conferir ótimas informações sobre como melhorar sua qualidade de vida. Não perca!
Quando podemos considerar o sono excessivo?
O sono excessivo é marcado por uma grande dificuldade de se manter alerta ou acordado durante o dia, ou seja, sentir uma grande vontade de dormir no período diurno. Entretanto, não é apenas isso. Existem outros sintomas característicos, que são:
- Irritabilidade;
- Falhas de memória;
- Dificuldades de tomar decisões;
- Dificuldade de manter o foco;
- Lentidão.
Geralmente, o quadro se apresenta de maneira não-intencional. Ou seja, o indivíduo pode até “dormir bem” à noite, entretanto, seu sono não é reparador, deixando a pessoa com cansaço excessivo e com dificuldades de realizar suas atividades diárias.
Então, se você estiver com algum dos sintomas acima, procure um médico de sua confiança.
Estou sentindo sono excessivo, o que pode ser?
Em geral, o sono e o consequente cansaço excessivo são motivados por fatores pontuais que interferem na rotina e na capacidade produtiva de um indivíduo.
Esses sintomas podem ser indicativos de um problema maior. Então, se você está com dificuldades para lidar com um sono repentino que chega toda tarde, veja a seguir os possíveis responsáveis:
Falta de sono de qualidade
A falta de sono de qualidade ou falta crônica de sono é a causa mais comum da sonolência excessiva.
Ela é mais comum em pessoas que têm o relógio biológico impactado por atividades noturnas, prejudicando o entendimento do organismo sobre a necessidade de repouso e descanso. Veja alguns exemplos de pessoas que serão com certeza vítimas dos bocejos e da sonolência:
- Médicos;
- Enfermeiros;
- Pessoas com má qualidade de sono;
- Pessoas que trocam o dia pela noite;
- Pessoas que acordam várias vezes durante a noite.
O quadro é preocupante, já que a privação de sono contribui para que a pessoa desenvolva doenças como diabetes, obesidade e problemas cardíacos.
Sintoma de doenças
As doenças crônicas e mentais muitas vezes são seguidas de alterações expressivas do sono. Entre elas, é possível destacar:
- Depressão;
- Ansiedade;
- Esquizofrenia;
- Doença de Parkinson;
- Esclerose múltipla;
- Câncer;
- Hipotireoidismo;
- Obesidade;
- Dor crônica.
Esses são alguns exemplos, mas existem outros quadros clínicos que podem acarretar alteração do ciclo circadiano. Leia nosso conteúdo sobre o assunto aqui mesmo no blog e faça exames médicos periódicos.
Reflexo de maus hábitos de saúde
O sono excessivo pode ser reflexo de maus hábitos de saúde. Entre eles estão o sedentarismo, tabagismo, excesso de álcool, uso de narcóticos e estar acima do peso.
O ganho de peso e gordura está ligado à intensificação da produção de citocinas, que são substâncias responsáveis pela sensação de fadiga.
Já o abuso de álcool e outras drogas causam danos no sistema nervoso central como um todo, ocasionando distúrbios à qualidade do sono e de vida também.
Apneia do sono
A Apneia obstrutiva do sono acontece quando a pessoa interrompe involuntariamente a respiração, enquanto dorme. As pausas estão associadas a engasgos, ronco e respiração ofegante.
Na apneia, a escalada entre as fases do sono é interrompida e pessoa não consegue chegar ao estágio reparador. Assim, durante o dia, ela sente uma grande vontade de dormir e um cansaço enorme.
Efeito de remédios
Alguns medicamentos e tratamentos médicos acarretam alterações na rotina de sono, causando sonolência e fadiga excessiva.
É claro que algumas pessoas estão mais vulneráveis aos efeitos colaterais medicamentosos. Por isso, caso perceba alguma alteração, ou se sinta menos disposto do que antes, procure seu médico de confiança.
Hipersonia idiopática
A hipersonia idiopática acontece quando se dorme mais que o normal e, mesmo assim, a sonolência permanece durante o dia.
Ela é diagnosticada quando não existe nenhuma outra causa aparente ou distúrbio do sono subjacente, sendo mais comum entre a adolescência e a fase adulta.
A triste notícia é que não existe um tratamento específico para a hipersonia idiopática, até o momento. O controle do quadro é feito com medicamentos estimulantes.
Narcolepsia
O sono REM é um estágio de sono em que acontecem movimentos rápidos dos olhos, é o lugar dos sonhos e do total relaxamento da musculatura. A Narcolepsia é um distúrbio que causa instabilidade nessa fase do sono.
Além de sentir grande vontade de dormir, o paciente com narcolepsia apresenta alucinações, fragmentação e paralisia do sono. Ele ainda pode desenvolver cataplexia, um quadro de perda de contração muscular, levando a pessoa a sofrer quedas sem a perda da consciência[1].
É normal sentir sono durante o dia, mesmo dormindo bem à noite?
Depois de uma noite com sono reparador, não é comum sentir sono o dia. Em média, os adultos precisam de 7 a 9 horas de descanso e repouso por noite. Os adolescentes, precisam de no mínimo 8,33 horas dormidas por dia[2].
Então, se essas horas não forem aproveitadas, é possível que você sinta indisposição durante o dia. Além disso, celulares e aparelhos eletrônicos podem ser distrações que diminuem a qualidade do sono.
Outros fatores como ansiedade e excesso de bebidas estimulantes também contribuem negativamente para o problema. Por isso, é importante que você observe e analise sua rotina antes de dormir e faça uma higiene do sono, se necessário.
5 Dicas para tratar o sono excessivo
A busca por um profissional de saúde é fundamental para que se tenha uma boa qualidade de vida e uma rotina mais produtiva possível.
Por outro lado, há pequenos hábitos e formas de tentar amenizar os sintomas e os efeitos do sono e cansaço. Confira na sequência e já comece a colocá-las em prática:
1. Pratique exercícios físicos
A prática de exercícios físicos ajuda a regular a distribuição de hormônios do corpo. Os mais indicados são ciclismo, caminhada, natação e corrida.
A atividade esportiva deve ser inserida na rotina pouco a pouco. A tendência é que no fim de cada dia o cansaço seja maior e a qualidade de sono durante a noite também.
2. Invista em uma alimentação saudável
Quando dizem que você é o que come, acredite! Ter uma alimentação saudável é o ponto chave para uma vida plena de disposição e energia.
Assim, abastecer o corpo com a quantidade de nutrientes necessários é a condição básica para que o organismo possa regular adequadamente suas funções.
Invista então em alimentos naturais, evite industrializados, embutidos e frituras. Se possível, procure ajuda de um nutricionista.
3. Crie uma rotina que ajude a “desligar”
Desenvolva momentos para aproveitar a própria companhia ou para fugir da rotina. Invista no contato com a natureza, busque um novo hobby ou se reconecte com aqueles que foram deixados de lado, mas sempre voltam à sua mente.
Essas atividades ajudam muito para o bem-estar, reduzem o cansaço mental e são ótimos aliados contra patologias psicológicas. E o melhor, você não vai pagar nada por isso! Já escrevemos um conteúdo sobre os sinais do cansaço mental, vale a pena conferir!
4. Procure ajuda médica
Procure ajuda médica assim que os primeiros sintomas começarem a aparecer. Ele irá avaliar seu estado de saúde e orientar uma estratégia de tratamento de acordo com as suas necessidades específicas.
Caso você esteja passando por algum tratamento médico, converse com um profissional sobre uma possível alteração de sono. Evite deixar que o quadro se agrave.
Invista o tempo que for preciso para cuidar do seu bem maior. Aproveite as informações que você descobriu nesse post para tomar decisões com mais segurança e tranquilidade. O Blog da Dermapelle espera que elas sejam muito úteis para você!
Até a próxima!
Referências:
[1] BITTENCOURT, Lia Rita Azeredo et al. Sonolência excessiva. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 27, p. 16-21, 2005. Disponível em:<https://www.scielo.br/j/rbp/a/vpFsp6ThNQqLSPDCkThKS3q/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 22/08/2022
[2] PEREIRA, Érico Felden et al. Sono e adolescência: quantas horas os adolescentes precisam dormir?. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 64, p. 40-44, 2015. Disponível em:< PEREIRA, Érico Felden et al. Sono e adolescência: quantas horas os adolescentes precisam dormir?. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 64, p. 40-44, 2015.>. Acesso em: 22/08/2022