FELICIDADE NA VIDA ADULTA: Conquistando dias mais tranquilos e agradáveis

03 / 09 / 2021
Saúde & Nutrição
Por Dermapelle

Muitas pesquisas relacionadas à satisfação na vida adulta indicavam que pessoas mais velhas são mais felizes, com o pico de felicidade acontecendo em torno dos 60 e 70 anos. Isso porque a maturidade levava a mais contentamento e a uma maior valorização do que realmente importa na vida, como passar tempo com seus entes queridos e ajudar os outros.

Porém, nos últimos anos, essa relação entre idade e felicidade desapareceu. Não há mais indícios de que os adultos mais velhos sejam mais felizes do que os jovens. Adolescentes e jovens adultos eram mais felizes na década de 2010 do que nas décadas anteriores, mas os adultos com mais de 30 anos se sentem menos felizes hoje em dia.

Essa análise é baseada em pesquisas com 1,3 milhão de norte-americanos com idades entre 13 e 96, feitas entre 1972 e 2014, em um estudo divulgado pela revista acadêmica Social Psychological and Personality Science. E tudo indica que a mudança não foi devido ao ciclo de gerações dessas faixas etárias, mas sim a uma verdadeira mudança cultural que afetou a todos.

Por que isso aconteceu? Um dos principais fatores é nosso sistema de crença moderno de que todos devem seguir seus sonhos. As novas mídias fazem a fama parecer o caminho para a vida perfeita. Reality shows tiram pessoas comuns do anonimato para os holofotes. Se comparado aos anos 70, o dobro de alunos do ensino médio espera ter um diploma de graduação, embora o número dos que realmente consigam permaneça estagnado em uma pequena porcentagem. 

Claro que com expectativas tão altas, o resultado inevitável é menos felicidade. Para entender melhor esses questionamentos, nós conversamos com a psicóloga e mestra em psicologia institucional, Naiara Castello. Ela explicou o nosso amadurecimento ao longo da vida e como lidamos com o conceito de felicidade.

O impacto das frustrações na busca pela felicidade na vida adulta

Naiara conta que nos últimos anos, os estudos da psicologia estão dando uma maior atenção para os processos psicossociais que acontecem na vida adulta. “Acho que isso se justifica tanto pelo envelhecimento da população quanto pela ausência de um roteiro não tão rígido para a vida adulta, como a gente tinha até pouco tempo atrás”, conta. Isso porque hoje é colocada também em perspectiva a possibilidade de nos tornarmos adultos e envelhecermos de maneiras diferentes.

A psicóloga cita Erik Erikson, psicanalista responsável pelo desenvolvimento da Teoria do Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia. Em seus estudos, ele aponta que existem oito fases do desenvolvimento. Naiara explica:

Essas fases seriam representadas por crises específicas que se espera que os indivíduos resolvam dentro de um certo período de tempo. Esse autor leva em conta o desenvolvimento na vida adulta e, dessas oito fases, três acontecem depois da adolescência, quando a gente teria passado por uma crise relacionada à identidade.

Já o indivíduo adulto, até os 30 ou 35 anos, experimentaria uma tensão entre estabelecer relações de intimidade e relações mais duradouras, seja com um parceiro romântico, relações de amizade, com família ou isolar-se. Então é uma crise que se expressaria numa pergunta: devo compartilhar minha vida ou viverei sozinho? E dos 35 anos em diante, o indivíduo entraria numa fase em que se desenvolve o cuidado com o outro, quando é esperado que se cuide dos filhos. Assim, é uma fase na qual existe também essa possibilidade de criação, de produtividade – não só na vida pessoal, familiar, mas no trabalho também, de deixar um legado.

E a partir dos 60 anos, mais ou menos, a gente experimentaria uma tensão entre integridade e desespero, que seria um sentimento de dever cumprido, de ter feito alguma coisa no mundo, de ter deixado marcas positivas ou o sentimento de estagnação, de nostalgia, de tristeza pela chegada da velhice e da aproximação da morte.” 

Contudo, essa divisão de fases é muito circunstancial, e tem a ver com expectativas sociais. Naiara diz que essas expectativas relacionadas a cada fase da vida vão mudar de acordo com o modelo de sociedade e com a cultura onde cada indivíduo está inserido. Ainda assim, essas fases expressam as expectativas e as relações que precisam ser elaboradas no contexto em que a gente vive. 

“Existem expectativas sociais, ainda que não sejam tão rígidas quanto eram no passado. Espera-se que entre os 20 e 30 anos você tenha uma formação acadêmica, tenha iniciado uma carreira, uma relação amorosa. Espera-se que aos 40 anos você tenha tido filhos, conquistado realizações profissionais. E aí a percepção de realização de sucesso ou fracasso individual pode ter a ver com a relação entre algumas variáveis dentro desse jogo das expectativas e realizações”, conta a psicóloga.

Ela cita como exemplo a pressão social em torno desses eventos, se a família exige que a pessoa se case e tenha filhos, ou se existe um contexto mais conservador ou mais liberal, além do desejo individual de seguir determinado caminho ou não. Porém, além de querer algo, é preciso que exista condições materiais de atingir os objetivos pessoais. “A gente espera que a pessoa esteja empregada com 30 anos, mas hoje a gente tem 12 milhões de desempregados no Brasil. Então, materialmente e economicamente, às vezes a realidade frustra também essas expectativas”, aponta Naiara:

“Se existe o desejo, existe a pressão social e não existem as condições materiais, isso pode causar frustração. Se existe a pressão social e existe as condições materiais, mas não existe o desejo individual, isso também pode causar frustração.”

Por isso, ao longo da vida adulta, a gente continua experimentando crises e contradições. “Mas essas frustrações, conciliações e esses adiamentos de planos, não são, a princípio, patológicos”, frisa a psicóloga. “O conflito é uma parte necessária da experiência de crescer, de se desenvolver, de amadurecer, de constituir uma personalidade, e esses conflitos acontecem até o fim da vida. Então, sempre existe uma necessidade de adaptação – o que muda nas diferentes fases da vida são os problemas”, completa.

A grande questão em torno do que significa sucesso e felicidade é que os nossos ideais estão cada vez mais difíceis de conseguir, tornando a sensação de bem-estar um grande desafio. Com isso, a maioria das pessoas não será capaz de atingir seus objetivos pessoais. Além disso, muitos consideram que bens materiais podem ser o caminho para a felicidade. Contudo, estudos indicam que as pessoas que valorizam dinheiro, fama e imagem são menos felizes do que aquelas que valorizam a sua comunidade e o afeto com outras pessoas.

Naiara conta que a dificuldade está em conclicar as expectativas e desejos com as condições reais em que se vive: “O que a gente vê na clínica com jovens adultos é que muitas vezes eles estão tão apegados a um ideal de felicidade que elegem um objeto imaginado como responsável por completá-los e fazê-los felizes. Esse objeto pode ser o parceiro romântico perfeito, o trabalho perfeito, a família perfeita, o corpo perfeito, uma imagem pública, uma conduta dentro de um sistema religioso ou de um sistema ideológico. Então os jovens às vezes estão tão apegados a esse ideal que não conseguem aproveitar o estado de felicidade, que é o que emerge dos bons momentos, dos encontros, daquilo que é real e é transitório.”

E ainda, nossa rotina tão tecnológica e tão baseada em recortes daquilo que observamos nas redes sociais acaba criando objetivos irreais e inalcançáveis, gerando frustrações e infelicidade quando nos comparamos com outras pessoas. “Essa distorção da realidade pode causar insatisfação crônica com os relacionamentos, com a própria aparência e com o trabalho. Assim, a própria dificuldade de vivenciar momentos de tristeza e de processar esses momentos transitórios de frustração, ou a tentativa de suprimir isso, pode levar a estados patológicos como ansiedade e depressão”, explica a psicóloga.

Para finalizar, ela afirma que não existe fórmula ou receita para a felicidade, mas a gente pode tentar encontrar caminhos mais reais para conseguir uma satisfação pessoal:

“É interessante pensar a felicidade como uma ética. Isso significa que cada um deve encontrar a sua felicidade, nos seus termos, no seu percurso, dentro das possibilidades reais, enfrentando, quando necessário, um pouco essas expectativas sociais, e sabendo perceber, reconhecer e multiplicar os momentos prazerosos que trazem felicidade.

Tem gente que investe toda a energia de vida numa relação, num projeto, numa obra artística, no próprio corpo. O próprio Freud faz uma observação no seu livro de 1930, apontando que do mesmo jeito que um negociante não vai investir todo o capital numa coisa só, a gente também não pode esperar toda a satisfação de uma só fonte. Por isso, cada um tem que buscar a sua forma de encontrar satisfação e realização em todos os momentos da vida. Essa é uma boa dica: a gente não esperar a realização em uma atividade só, em uma pessoa só ou apenas um local ou um projeto, ou seja, distribuir melhor essa energia de vida.”

Produtos para ajudar a ter uma vida mais leve e feliz

Como você viu, não existe fórmula milagrosa para conseguir uma felicidade plena. Afinal, além de ser impossível fugir de momentos de tristeza e frustração, o sentimento de felicidade é relativo! Porém, é possível amenizar e tratar certos sintomas que atrapalham a nossa rotina por meio de produtos especializados em aliviar crises de estresse, ansiedade, entre outros.

No site da Dermapelle, alguns exemplos que você encontra são a Pinetonina e o Zembrin Cápsulas da Felicidade.

A Pinetonina é um fitocomplexo que reduz o estresse, agitação, ansiedade e insônia, proporcionando maior relaxamento e tranquilidade. Ela pode ser encontrada em diversos formatos, sendo usada via spray nasal, roll-on para o corpo e também aplicada no ambiente.

Já o Zembrin é um ingrediente botânico inovador, que atua combatendo não apenas a ansiedade e o estresse, como também aliviando sintomas da TPM, melhorando problemas de déficit de atenção e oferecendo uma melhor qualidade do sono.

Então, não deixe de cuidar da sua saúde mental por meio de uma rotina que garanta saúde e bem-estar com dias tranquilos. Encontre motivação no que te faz bem e saiba que os obstáculos são parte natural do nosso amadurecimento. Esse é um passo importante para desfrutar de momentos felizes ao lado de pessoas queridas!

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